Sexta-feira, 17 de Novembro de 2006
(39) O ADEUS À LUTA

Ao cabo de todos estes textos perdi-me nos meandros desta luta e não atino se venceu a solidão, a vontade de estar só ou simplesmente houve acordo.

 

Sem saber assim fico, se estou só por coacção ou opção.

 

De qualquer modo, acomodei-me e sentido não faria continuar a bater em ferro frio.

 

Vou em cruzada a outras lutas.

Nos campos de batalha dos preconceitos e loucura

(http://preconceitos.blogs.sapo.pt ou http://notyet,blogs.sapo.pt)

sem lança, sem cavalo e sem aio, conto que finalmente esmoreçam estes meus devaneios.

ATÉ

 



publicado por solcar às 10:24
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(38) SOLIDÃO... QUE SOLIDÃO ?

DIZ O MUNDANO: É O INFERNO

DIZ O ANACORETA: É O PARAISO

 

Aceitemos estas e todas aquelas que preenchem o leque intermédio, das cores brilhantes aos cinzas mais negros.

 Pela condição humana e após o empurrão uterino, estamos sós e sem preparação para o percurso.

Uns herdam a  dádiva de serem  queridos, desejados e amados, outros não tanto.

 Nessa caminhada de pé posto que é a vida, cada um vai colhendo o tipo de solidão que lhe cabe, senão por escolha, no mínimo por atitude, esquecendo que neste teatro o cenário é essencialmente de espelhos a reflectir a prática da sua postura.

 Não sinto a solidão como um malefício, antes quase uma opção, carecendo duma gestão espiritual serena, abrindo brechas onde caibam sentimentos que sem os outros não obtemos.

 Reconhecendo a presença indestrutível da solidão há que saber viver com ela, única forma de adoçar os seus efeitos.

 



publicado por solcar às 10:16
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Quinta-feira, 2 de Novembro de 2006
(37) O ECLIPSE

Estou com problema sério. 
Ao rever os textos, supostamente por mim escritos, reconheço o tema e a ideia, não a forma. Olho com espanto o escrito daquele estranho a trabalhar a minha ideia.
O que quer dizer que, se fizesse daquilo folha branca e voltasse a pintá-la, seria com outras cores.
Acham grave ? Devo ir às medicinas ? Nada de sorrisos, ajudem-me.
Em principio pensei fosse traição da memória, aceitável e lógica causa dos meus 525 anos estelares.
Pensei depois talvez resultasse do facto de escrever, como falo, sendo razoável que as palavras fossem levadas pelo vento, pois na maioria não passam de conversa.
À cautela, homem prevenido vale por dois, e receando seja do chip memória, vou preparando justificação para a desgraça. 
Já que ela nunca vem só, venha no menos acompanhada de algum optimismo.
Logo uma luz se acendeu.
No mínimo ganho duas criticas ao escrito. No inicio a autocrítica, sendo a minha pouco benévola, e mais tarde, em face do irreconhecível documento, a critica dum terceiro, eu próprio, esta à evidencia mais isenta.
Outra vantagem se me deparou de imediato: aos que nos magoam e perdoamos, acresceria o consolo de os esquecer, facto sem ocorrência na memória plena.
 
O verdadeiro problema é que não. Não é do diacho da memória.
Vejam só, jamais me esqueci do número atribuído ao meu Pai na corporação de que fazia parte, e não me venham com tretas de memória recente e passada, pois o mesmo me acontece em casos de ontem e anteontem. Basta que algo me toque... e tocado viro outro.
 
Porque será então ?    O texto está compreensivel ?
Acham valerá a pena escrever tudo isto de novo ?
 
 
 
 
 
 
 
 


publicado por solcar às 15:46
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Quarta-feira, 1 de Novembro de 2006
(36) A RECEITA

Os meus momentos de felicidade tem sido lampejos.

Suponho por isso legitimo ansiar pela plenitude.

Numa dessas revistecas que tudo solucionam, era prometida a conquista da felicidade em dez passos, com o aval de não sei quantos cientistas e testemunho de outros tantos supostamente felizes e decerto também bem pagos.

Céptico por natureza, não deixo porém de estar aberto à mudança.

Esta atitude e a aparente simplicidade das dez tomas do milagroso milongo, umas diárias, outras semanais, embarcaram-me na experiência, entrando desde logo nas tomas diárias.

As duas primeiras seriam canja.

1)      Cortar metade do tempo a visionar TV

Tirei a ficha da tomada. Dada a qualidade da programação, estava a usar para adormecer.  Cá me arranjarei  e, se necessitar, tomo um soporífero.

2)      Tratar duma planta

Isto adoro. O problema é que trato de muitas e fico receoso do perigo da toma em excesso, mas esperançoso que daí mal não venha

3)      Dizer olá a um desconhecido

Teria de sair.  Sem hesitar, aperaltei-me e, todo janota contra o meu uso, desci as escadas.

Cruzei-me na porta com o tal desconhecido.  Franqueei a passagem e disse OLÁ.

A primeira decepção.  O tipo, carranca afivelada, olhou de soslaio, passou. Não correspondeu, nem agradeceu a gentileza.

Sem perca de tempo, saí e deparei com uma mulher ainda jovem.  OLÁ, disse eu, quando se aproximou.  Não olhou, levantou a cabeça e prosseguiu, certamente convencida que eu pretendia um engate.

A adrenalina começou a borbulhar e fiquei especado.

Entretanto aproximava-se uma velhinha com ar seráfico. Afivelei o meu sorriso às comissuras, sem receio de mostrar os dentes que já não são meus e, na aproximação, gorgeei o meu melhor dos OLÁS.

Boa. Parou. Fitou-me compadecida e disse:

                               Tenha paciência. Não tenho trocado.

 

Não tomo mais nada

Desisto de ser feliz por inteiro, contentar-me-ei com os lampejos. Dependendo de terceiros, o grau de dificuldade sobe em flecha.

No entanto sem responsabilidade nem garantia de êxito, estou ao dispor para indicar os restantes sete passos.

Pode dar-se o caso sejam mais “felizes” do que eu.



publicado por solcar às 16:50
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