Meu amigo, três motivos me deste para este artigo:
Os teus posts
A teoria da garrafa
O teu comentário à missão impossivel
Misturei, agitei, bati e... atrevi-me: provei.
Pergunta a que me soube! No fundo é uma mistura de sofrimento, dor, amargura, afastamento, presença, serenidade e luta, repouso e agitação, a que houve o cuidado de aplicar uma boa dose de faz de conta e, porque não, de afecto, amizade, amor, para que borbulhe quando ferve.
E não me parece dificil encontrar tudo isto, e muito mais, num único ser. Antes de sermos empurrados para esta colónia penal, somos devidamente abastecidos e apetrechados não só para utilizar toda esta panóplia de ferramentas mas também para sentir os efeitos do seu uso. E o uso deste arsenal se imoderado pode destruir, manter, endurecer ou...
Cá por mim, sou guloso, tenho-me servido de quase tudo, e acumulo com alguma humildade, o que, apesar disso, me deixa a dúvida quando olho à volta.
O sentimento é de egoismo ou de privilégio ? Afinal neste mar de sofrimento, pese embora o mau piso e as pancadas sofridas, ainda aceito e vou mantendo a cabeça fora de água, De certo, e apesar de, sou privilegiado!
Será, como dizes, que ainda me resta a esperança de ser ouvido (lido) ou aquilo é apenas o resultado da tal humana condição e da necessidade de conseguir companhia para o meu grito ?
A dúvida é mais uma das ferramentas que vamos usando.
Ah, e já agora, a garrafa para mim, e hoje, está meia cheia.